Não haverá água em 60% do mundo em 20 anos
Cerca de dois terços da população do mundo deve enfrentar escassez de água nas próximas duas décadas, segundo estudo divulgado pela FAO, agência das Nações Unidas para agricultura e alimentação.Atualmente, mais de um bilhão de pessoas em todo o mundo já não têm acesso a água limpa o suficiente para suprir suas necessidades básicas diárias, e mais de 2,5 bilhões não têm saneamento básico adequado.
Dessalinização - I
Desenvolvimento da dessalinização
Cerca de dois terços da população do mundo deve enfrentar escassez de água nas próximas duas décadas, segundo estudo divulgado pela FAO, agência das Nações Unidas para agricultura e alimentação.Atualmente, mais de um bilhão de pessoas em todo o mundo já não têm acesso a água limpa o suficiente para suprir suas necessidades básicas diárias, e mais de 2,5 bilhões não têm saneamento básico adequado.
Dessalinização - I
Desenvolvimento da dessalinização
1. Histórico
O desejo do homem de transformar a água salgada em água doce remonta à antiguidade. Aristóteles, preocupando-se com o problema, há 2.300 anos, costumava dizer a seus alunos que "a água salgada, quando passa a vapor se torna doce e o vapor não produz água salgada depois que se condensa". Em 1928 foi instalado em Curação uma estação dessalinizadora pelo processo da destilação artificial, co uma produção diária de 50 m3 de água potável. Nos Estados Unidos da América as primeiras iniciativas para o aproveitamento da água do mar datam de 1952, quando o Congresso aprovou a Lei Pública número 448, cuja finalidade seria criar meios que permitissem reduzir o custo da dessalinização da água do mar. O Congresso designou a Secretaria do Interior para fazer cumprir a lei, daí resultando a criação do Departamento de Águas Salgadas. O Chile foi um dos países pioneiros na utilização da destilação solar, construindo o seu primeiro destilador em 1961. Em 1964 entrou em funcionamento o alambique solar de Syni, ilha grega do Mar Egeu, considerado o maior da época, destinado a abastecer de água potável a sua população de 30.000 habitantes. A Grã-Bretanha, já em 1965, produzia 74% de água doce que se dessalinizava no mundo, num total aproximado de 190.000 m3 por dia. No Brasil, as primeiras experiências com destilação solar foram realizadas em 1970, sob os auspício do ITA-Instituto Tecnológico da Areronáultica. Em 1971 as instalações de Curação forma ampliadas para produzir 20.000 m3 por dia. Em 1987 a Petrobrás iniciou o seu programa de dessalinização de água do mar para atender às suas plataformas marítimas, usando o processo da osmose reversa, tendo esse processo sido usado pioneiramente, aqui no Brasil, em terras baianas, apra desslinizar água salobra nos povoados de Olho D'Água das Moças, no município de Feira de Santana, e Malhador, no município de Ipiara.
2. Situação atual
Nos oceanos esta a principal solução para o atendimento das futuras demandas de água doce, já que são possuidores de 95,5% da água doce existente no Globo Terrestre. O custo da dessalinização de água do mar vai se tornando cada vez mais reduzido em seus vários processos: destilação convencional, destilação artificial, eletrodiálise e osmose reversa. Os poços artesianos, principalmente os da bacias cristalinas, caso do nosso semi-árido, apresentam-se na sua grande maioria, com água salobra que, uma vez dessalinizada,à custo mais reduzidos, apresenta-se como uma excelente solução para atender ao meio rural. Esses fatores fizeram com que os países mais desenvolvidos tecnicamente investissem maciçamente nas pesquisas de dessalinização, destacando-se Inglaterra, E.U.A, França, Israel, Índia, Japão e Alemanha. Atualmente existem 7.500 usinas em operação no Golfo Pérsico, Espanha, Malta, Austrália e Caribe convertendo 4,8 bilhões de metros cúbicos de água salgada em água doce, por ano. O custo, ainda alto, está em torno de US$ 2,00 o metro cúbico. As grandes usinas, semelhantes as refinarias de petróleo, encontram-se no Kuwait, Curação, Aruba, guermesey e Gibraltar, abastecendo-os totalmente com água doce retirada do mar.
3. Perspectivas para o futuro
Segundo estimativa do governo do Estados Unidos, mais de 7% do volume total de água a ser consumida naquele país terá origem nas águas do mar, indício insofismável de que, no futuro próximo, os oceanos serão grandes concorrentes das fontes convencionais de água doce, pelo menos nas regiões litorâneas. No caso do Nordeste do Brasil, não resta mais dúvidas de que teremos de usar o mar para abastecer as grandes metrópoles e as cidades que não forem abastecidas com água vindas do rio São Francisco. Devemos nos preparar para termos, em nosso litoral, grandes usinas dessalinizadoras, à semelhança do que já ocorre no Golfo Pérsico, abastecendo as capitais e as cidades próximas do mar. Na Paraíba, vislumbramos essa solução para atender até os limites da Serra da Borborema e toda a micro-região do Curimataú. No interior do semi-árido serão as mini-usinas dessalinizadoras, usando energia alternativa, solar ou eólica, que se constituirão na base de sustentação do homem no meio rural, retirando água doce das águas salobras dos açudes e poços para o consumo humano e animal e para a micro-irrigação. Quem viver verá!
4. Conclusão
A dessalinazação da água salgada ou salobra, do mar, dos açudes e dos poços, se apresenta como uma das soluções para a humanidade vencer mais esta crise que já se pronuncia. Os cientistas já vem estudando as soluções há mais de 2.300 anos, tendo em Aristóteles o seu precursor. No século XX as experiência se avolumaram bastante em face das dificuldades que algumas comunidades passaram a sofrer. Vários processos foram desenvolvidos, destacando-se a destilação convencional, a destilação artificial, a destilação solar, a eletrodiálise e a osmose reversa. Atualmente muitos países e cidades estão se abastecendo totalmente de água doce extraída da água salgada do mar que, embora ainda a custos elevados, se apresenta como a única alternativa, concorrendo com o transporte em navios tanques, barcaças e outros. O consumo de água doce no mundo cresce a um ritmo superior ao do crescimento da população, restando, como uma das saídas, a produção de água doce, retirando-a do mar ou das águas salobras dos açudes e poços. O uso das fontes alternativas de energia, como a eólica e a solar, apresenta-se como uma solução para viabilizar a dessalinização no nosso semi-árido, visando o consumo humano e animal e a micro-irrigação, o que propiciaria melhores condições para a fixação do homem no meio rural.
O desejo do homem de transformar a água salgada em água doce remonta à antiguidade. Aristóteles, preocupando-se com o problema, há 2.300 anos, costumava dizer a seus alunos que "a água salgada, quando passa a vapor se torna doce e o vapor não produz água salgada depois que se condensa". Em 1928 foi instalado em Curação uma estação dessalinizadora pelo processo da destilação artificial, co uma produção diária de 50 m3 de água potável. Nos Estados Unidos da América as primeiras iniciativas para o aproveitamento da água do mar datam de 1952, quando o Congresso aprovou a Lei Pública número 448, cuja finalidade seria criar meios que permitissem reduzir o custo da dessalinização da água do mar. O Congresso designou a Secretaria do Interior para fazer cumprir a lei, daí resultando a criação do Departamento de Águas Salgadas. O Chile foi um dos países pioneiros na utilização da destilação solar, construindo o seu primeiro destilador em 1961. Em 1964 entrou em funcionamento o alambique solar de Syni, ilha grega do Mar Egeu, considerado o maior da época, destinado a abastecer de água potável a sua população de 30.000 habitantes. A Grã-Bretanha, já em 1965, produzia 74% de água doce que se dessalinizava no mundo, num total aproximado de 190.000 m3 por dia. No Brasil, as primeiras experiências com destilação solar foram realizadas em 1970, sob os auspício do ITA-Instituto Tecnológico da Areronáultica. Em 1971 as instalações de Curação forma ampliadas para produzir 20.000 m3 por dia. Em 1987 a Petrobrás iniciou o seu programa de dessalinização de água do mar para atender às suas plataformas marítimas, usando o processo da osmose reversa, tendo esse processo sido usado pioneiramente, aqui no Brasil, em terras baianas, apra desslinizar água salobra nos povoados de Olho D'Água das Moças, no município de Feira de Santana, e Malhador, no município de Ipiara.
2. Situação atual
Nos oceanos esta a principal solução para o atendimento das futuras demandas de água doce, já que são possuidores de 95,5% da água doce existente no Globo Terrestre. O custo da dessalinização de água do mar vai se tornando cada vez mais reduzido em seus vários processos: destilação convencional, destilação artificial, eletrodiálise e osmose reversa. Os poços artesianos, principalmente os da bacias cristalinas, caso do nosso semi-árido, apresentam-se na sua grande maioria, com água salobra que, uma vez dessalinizada,à custo mais reduzidos, apresenta-se como uma excelente solução para atender ao meio rural. Esses fatores fizeram com que os países mais desenvolvidos tecnicamente investissem maciçamente nas pesquisas de dessalinização, destacando-se Inglaterra, E.U.A, França, Israel, Índia, Japão e Alemanha. Atualmente existem 7.500 usinas em operação no Golfo Pérsico, Espanha, Malta, Austrália e Caribe convertendo 4,8 bilhões de metros cúbicos de água salgada em água doce, por ano. O custo, ainda alto, está em torno de US$ 2,00 o metro cúbico. As grandes usinas, semelhantes as refinarias de petróleo, encontram-se no Kuwait, Curação, Aruba, guermesey e Gibraltar, abastecendo-os totalmente com água doce retirada do mar.
3. Perspectivas para o futuro
Segundo estimativa do governo do Estados Unidos, mais de 7% do volume total de água a ser consumida naquele país terá origem nas águas do mar, indício insofismável de que, no futuro próximo, os oceanos serão grandes concorrentes das fontes convencionais de água doce, pelo menos nas regiões litorâneas. No caso do Nordeste do Brasil, não resta mais dúvidas de que teremos de usar o mar para abastecer as grandes metrópoles e as cidades que não forem abastecidas com água vindas do rio São Francisco. Devemos nos preparar para termos, em nosso litoral, grandes usinas dessalinizadoras, à semelhança do que já ocorre no Golfo Pérsico, abastecendo as capitais e as cidades próximas do mar. Na Paraíba, vislumbramos essa solução para atender até os limites da Serra da Borborema e toda a micro-região do Curimataú. No interior do semi-árido serão as mini-usinas dessalinizadoras, usando energia alternativa, solar ou eólica, que se constituirão na base de sustentação do homem no meio rural, retirando água doce das águas salobras dos açudes e poços para o consumo humano e animal e para a micro-irrigação. Quem viver verá!
4. Conclusão
A dessalinazação da água salgada ou salobra, do mar, dos açudes e dos poços, se apresenta como uma das soluções para a humanidade vencer mais esta crise que já se pronuncia. Os cientistas já vem estudando as soluções há mais de 2.300 anos, tendo em Aristóteles o seu precursor. No século XX as experiência se avolumaram bastante em face das dificuldades que algumas comunidades passaram a sofrer. Vários processos foram desenvolvidos, destacando-se a destilação convencional, a destilação artificial, a destilação solar, a eletrodiálise e a osmose reversa. Atualmente muitos países e cidades estão se abastecendo totalmente de água doce extraída da água salgada do mar que, embora ainda a custos elevados, se apresenta como a única alternativa, concorrendo com o transporte em navios tanques, barcaças e outros. O consumo de água doce no mundo cresce a um ritmo superior ao do crescimento da população, restando, como uma das saídas, a produção de água doce, retirando-a do mar ou das águas salobras dos açudes e poços. O uso das fontes alternativas de energia, como a eólica e a solar, apresenta-se como uma solução para viabilizar a dessalinização no nosso semi-árido, visando o consumo humano e animal e a micro-irrigação, o que propiciaria melhores condições para a fixação do homem no meio rural.
Um comentário:
Bom seria se fosse explicado como se faz essa destilação convencional, a destilação artificial, a destilação solar e a eletrodiálise, pois a osmose reversa eu ja conheço. Fiquei bastante curiosa pra saber como funciona. Será que daria pra enviar no meu email: lu.gri@hotmail.com
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